Mais um dia de sol e entre as coisas empoeiradas do baú de lembranças, surgiu uma figura colorida e esvoaçante... pandorga! Ah, pandorga, saudades da primeira que tive o prazer de construir com meu pai. Era amarela e rosa, com varetinhas finas, papel fininho e quase transparente, que entre as cores alegres e vivas, deixava a luz do sol ainda mais bonita.
Ela dançava no céu azul, como se dançasse uma tirana, negaceando o sopro da brisa leve...ah pandorga!
Linda lembrança, até aí, porque alguns minutos depois ela deu um rodopio e se estragou todinha numa cerca de arame farpado..hahahaha
Mesmo assim, amo esse dia até hoje, foi um dos meus preferidos com meu pai!
PANDORGA:
Nome genérico que no Rio Grande do Sul se dá a este brinquedo que consiste numa armação de varetas de taquara cobertas de papel. A pandorga, presa a um cordão, se eleva ao alto por força do vento e é equilibrada por um rabo, simples ou duplo, feito de tiras de pano e preso na parte inferior.
Existem vários feitios de pandorgas com denominaçõe spróprias que as identificam. Assim, o mais comum, de forma quadrangular, é, propriamente, a "pandorga"; "papagaio" é o losangular; a "estrela" tem o feitio do nome, e seguem o "caixão", a "bandeja", a "marimba", o "barril", o "navio", a "pipa" e muitos outros.
A prática do divertimento é chamada de "soltar pandorga". Os guris se empenham na "briga de pandorgas": atam no rabo uma gilete ou colam frações de vidro moído. Em pleno ar, aproximam as pandorgas uma da outra; com descaídas e recolhidas, procuram friccionar o rabo "envenenado" da sua pandorga no cordão da outra, até que o cordão de uma das cordas se corta e a pandorga "Vai-a-bahia", expressão que significa perder-se a pandorga no horizonte distante.
Também usam o costume de "mandar telegramas": enfiam pequenos círculos de papel no barbante e estes, impulsionados pelo vento, sobem até as "guias" da pandorga.
E quase nunca dispensam o "roncador", franjas de papel coladas em barbantes, por fora do corpo da pandorga e que, realmente, roncam ao passar do vento.
Existem vários feitios de pandorgas com denominaçõe spróprias que as identificam. Assim, o mais comum, de forma quadrangular, é, propriamente, a "pandorga"; "papagaio" é o losangular; a "estrela" tem o feitio do nome, e seguem o "caixão", a "bandeja", a "marimba", o "barril", o "navio", a "pipa" e muitos outros.
A prática do divertimento é chamada de "soltar pandorga". Os guris se empenham na "briga de pandorgas": atam no rabo uma gilete ou colam frações de vidro moído. Em pleno ar, aproximam as pandorgas uma da outra; com descaídas e recolhidas, procuram friccionar o rabo "envenenado" da sua pandorga no cordão da outra, até que o cordão de uma das cordas se corta e a pandorga "Vai-a-bahia", expressão que significa perder-se a pandorga no horizonte distante.
Também usam o costume de "mandar telegramas": enfiam pequenos círculos de papel no barbante e estes, impulsionados pelo vento, sobem até as "guias" da pandorga.
E quase nunca dispensam o "roncador", franjas de papel coladas em barbantes, por fora do corpo da pandorga e que, realmente, roncam ao passar do vento.
(fonte: Saraiva, Glaucus (1979). Mostra de Folclore Infanto-Juvenil Catálogo em Prosa e Verso.
Porto Alegre, RS: Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore)
Porto Alegre, RS: Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore)
IMPORTANTE: é na cidade de Livramento que acontecem, todos os anos, o Festival Internacional de Pandorgas, durante a Semana Santa
Queridos amigos, se o dia ficar bonito assim semana que vem, convide seu pai, filho, amigo, namorado, namorada, ou vá sozinho e tenha um dia de pandorga também!
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