quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Folclore do "não presta"!


No Foclore da nossa gente os "não presta" ocupam lugar de destaque. Para o povo esse sentimento tem força de lei, porque acredita neles e deles faz uso. São os tabus, o proibido, o perigoso.
     Josué de Castro, ao tratar do assunto, diz que os tabus se constituem numa espécie de policiamento moral a que se submetem as pessoas.
     Dentre a grande série de "não presta" vigentes no Rio Grande do Sul, enumeramos os seguintes:

- Não presta caminhar para trás porque encurta a vida;
- Não presta comer toda comida do prato, nem lamber o prato de doces, porque pode trazer miséria *comentário pessoal: isso explica muita coisa!:)
- Não presta pisar na própria sombra, porque machuca a alma;
- Não presta cruzar os talheres na mesa (posicioná-los em forma de cruz), pois pode advir uma desgraça;
- Não presta passar paitos para os convidados, pode arruinar o casamento de alguém presente;
- Não presta derramar sal na mesa, pois pode significar a morte de uma pessoa da família;

     Essa série de procedimentos populares são frutos de regras de bem proceder, de etiqueta social, bem como reveladora de vestígios de cultos desaparecidos. são palavras e atos praticados instintivamente, sempre condicionados à cultura popular.
     Legados de pai para filho, à melhor maneira folclórica, atravessam gerações.


     E tu, que visitas o blog, encontrou algum item que tu cumpre ou não? Compartilhe conosco! Pelo sim, pelo não, é melhor obedecer...


Fonte: Mariante, Hélio Moro - O Rio Grande do Sul em "aulinhas"

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