quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Primeiro Gaúcho Imortal da ABL



Alcides Castilhos Maya – Nascido em São Gabriel (filho da 18ª RT) em 15 de outubro de 1877, foi jornalista, ensaísta, contista e romancista. Primeiro escritor gaúcho a ingressar na Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira número 4, sucedendo Aluízio de Azevedo (autor de obras como O Mulato, O Cortiço e Casa de Pensão) em 06 de setembro de 1913.

Aos 18 anos, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Porém, as letras e o jornalismo eram a sua verdadeira vocação, por isso, abandonou o curso de Direito e retornou a Porto Alegre em 1896, entregando-se à prática do jornalismo militante, atividade que exerceria ao longo de toda a vida.

Em 1903, Alcides Maia fez sua primeira viagem ao Rio de Janeiro, onde seu nome já era bem conhecido. A partir de então, passou a viver e a desenvolver atividades, alternadamente, ora no Rio de Janeiro, ora em Porto Alegre. No Rio de Janeiro, residia numa "república", situada na rua das Laranjeiras, onde recebeu um dia a visita de Machado de Assis e, desde então, foi levado a entrar na intimidade do mundo machadiano.
Em Ruínas vivas, Tapera e Alma Bárbara, Alcides Maia descreve a região da campanha, com seus usos e costumes, e registra a violência no campo, o êxodo rural e a formação dos bolsões de miséria decorrentes de modificações nos modos de produção das estâncias gaúchas.
Representou o Rio Grande do Sul na Câmara dos Deputados, no período legislativo de 1918 a 1921. Integrante do Partido Republicano, sua atividade parlamentar era voltada à preocupação com os problemas da educação e cultura.
De 1925 a 1938, residiu em Porto Alegre, com breve incursão ao Rio de Janeiro, decorrente de sua participação na Revolução de 1930. Em Porto Alegre dirigiu o Museu Júlio de Castilhos, até se aposentar, e colaborou no Correio do Povo. Retornou ao Rio de Janeiro em 1938, onde viveu os últimos anos de sua vida, escrevendo para o Correio do Povo e freqüentando a Academia Brasileira de Letras quando podia. Cinco anos após sua morte, seus restos mortais foram trasladados para o Panteon Rio Grandense, em Porto Alegre.

Veio a falecer no Rio de Janeiro em 1944, mas foi fundamental para a ascensão das Letras Gaúchas no panorama do país, sendo o primeiro "Imortal" gaúcho na Academia Brasileira de Letras.
Fonte: Pequena Enciclopédia Gaúcha - Corag

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