terça-feira, 2 de agosto de 2011

Palavra de Prenda - por Indiana Tedesco Saugo



Saudações Tradicionalistas! Meu nome é Indiana Tedesco Saugo e sou a 3ª Prenda Juvenil do RS 2011/2012. Pertenço a 11ª RT e minha entidade-mãe é o CTG Rodeio da Amizade, única entidade tradicionalista da pequena, mas muito hospitaleira cidade de Paraí (Terra do Basalto).
Foi através da modalidade de declamação que iniciei a minha “vida tradicionalista”, certamente sem a ciência dos valorosos caminhos que o MTG viria a me proporcionar, como maior exemplo, a Ciranda Cultural de Prendas. Sinto-me realmente lisonjeada pela oportunidade de “prosear” com os amigos de causa através do blog da nossa gestão e, para tanto, preparei um texto argumentativo sobre um assunto muito eloquente no meio tradicionalista: Tradição e Tecnologia

A princípio Tradição e Tecnologia são palavras antagônicas, que se repugnam. Percebe-se a afirmação pelo surto tecnológico que assolou o mundo no século XXI e desmazelou com a identidade dos povos. Mas, é preciso que as tecnologias interajam de bom grado com o tradicionalismo, para que dessa forma ocorra a perpetuação das raízes culturais – sustentáculos de uma nação.
De fato, nunca na história da humanidade ocorreu um avanço tecnológico tão avassalador como o dos últimos dez anos. Computadores, celulares, máquinas digitais, internet... Globalização! O problema é que mudanças repentinas trazem consequências bruscas. As gerações que se desenvolveram nesse período, sofreram a influência de diversos fatores alienígenas advindos de culturas estrangeiras e, indecisas perante tantos caminhos diferentes, desolaram-se, perdendo sua identidade, degradando dessa forma o núcleo tradicional.
Em contraponto, entende-se da importância das tradições na boa organização e tranquila convivência de uma determinada sociedade. Necessita-se revalidar os conceitos tecnológicos, fazendo com que a globalização atue em conjunto ao regionalismo, para que o mundo permaneça com o diferencial de cada etnia, com suas peculiaridades culturais que o mantém tão rico e valoroso. Fazer da tecnologia o combustível locomotor da tradição não é impossível e, o movimento tradicionalista organizado é a maior prova no mundo dessa possibilidade.
Como há muito já colocou um dos maiores escritores da História, Leon Tolstói: “Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”. Barrar a globalização desnorteadora do telurismo é uma promessa de bem utilizar a tecnologia, fazendo-a como seiva geradora de vida das raízes tradicionais dos povos, afinal, sabe-se que uma árvore sem raízes tende a cair, bem como, um povo sem suas tradições ruma ao esquecimento, tende a morrer.

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